A Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Divisão de Prevenção, divulgou, nesta terça-feira (15), o resultado do 2º Levantamento de Índice Rápido Aedes Aegypti – LIRAa de 2014. Realizado entre os dias 07 e 11 de abril, o levantamento mostra que o índice de infestação predial do mosquito transmissor da dengue em Cianorte é de 4,1%, um número maior que o apontado pelo 1º LIRAa (de 2,1% entre 20 e 24 de janeiro) e quatro vezes superior ao tolerado pelo Ministério da Saúde, que é de 1%.
“Os dados do LIRAa estão baseados na visita de 1.517 imóveis, escolhidos por sorteio aleatório, nos quais foram encontrados 72 focos do mosquito. Isto significa que, a cada 100 propriedades, aproximadamente quatro criadouros foram encontrados, uma estatística preocupante e que evidencia o descaso da população em eliminar os locais propícios para o desenvolvimento do transmissor”, alerta a supervisora do Programa de Combate à Dengue, Vera Lucia Fusisawa.
De acordo com o levantamento, mais de 80% dos focos foram encontrados em depósitos de água móveis e fixos, bem como em recipientes provenientes do lixo como, por exemplo, bebedouros de animais, vasos de plantas, lajes, calhas, toldos, garrafas, latas, sucatas e entulhos de construção. “Ou seja, por mais intensa que seja a atuação do Governo Municipal no combate à dengue, se a população não fizer a sua parte, fiscalizando seus imóveis e eliminando os possíveis criadouros, não venceremos a doença. Tem muita gente que espera a visita dos agentes para que eles destruam os locais propícios e focos. Considerando o curto desenvolvimento do Aedes Aegypti, isso é inadmissível. Os moradores precisam descruzar os braços e agir”, destacou a supervisora.
Conforme, ainda, as informações do 2º LIRAa, praticamente todas as regiões da cidade apresentam algum índice de infestação, no entanto, as localidades com as maiores taxas são o Jardim Cassidori, nas mediações da Estrada Tropeiro, com 25% e a Zona 08 (Seis Conjuntos), com 9,6%. Já com relação à manifestação da doença, o município contabiliza 115 casos confirmados, sendo 112 autóctones e três importados. Somente a Zona 08 concentra 49 das incidências, seguida pela Zona 01, com 20. Aproximadamente 90 notificações ainda aguardam resultado.
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